Por A. Almeida
Camaçari vive um momento de intensa participação popular. Com o projeto “Diga Aí Camaçari”, a população dos bairros teve voz ativa, mostrando suas necessidades e desejos para o futuro da cidade. Essa iniciativa foi uma promessa de campanha, a partir de um esforço real para construir um plano de governo participativo e democrático, com a cara do povo.
A presença constante dos políticos ligados ao movimento sindical, os chamados “cardeais” do partido, foi essencial nesse processo. Camaçari, sendo um polo industrial importante, foi o berço de muitos desses líderes. Eles entenderam desde cedo que a força dos trabalhadores do polo petroquímico seria fundamental para impulsionar suas trajetórias políticas. Essa relação de confiança, construída ao longo dos anos, tornou Camaçari uma cidade estratégica para o crescimento dessas lideranças.
Nos dias que antecedem as eleições, o clima de ansiedade toma conta. Os candidatos ao executivo municipal estão nervosos, assim como aqueles que concorrem a uma vaga na Câmara de Vereadores. Pesquisas recentes indicam uma tendência favorável à oposição, o que alimenta as esperanças de muitos candidatos. Esse sentimento de incerteza e expectativa é falado nas ruas, nos comícios e nas conversas cotidianas.
Outro ponto que merece destaque é a expectativa em torno do aumento da presença feminina no legislativo. Há uma torcida real para que mais mulheres conquistem cadeiras na Câmara de Vereadores. Essa mudança traria um equilíbrio tão necessário, ampliando as discussões sobre políticas públicas que beneficiem diretamente as mulheres de Camaçari. O desejo por esse equilíbrio é um movimento político, um clamor social.
Em meio à ansiedade das eleições, há também uma esperança coletiva de que o próximo mandato seja mais representativo, mais democrático, e que as vozes que por tanto tempo ficaram silenciadas agora sejam ouvidas. Camaçari está prestes a viver um novo capítulo, um que promete ser mais inclusivo e mais conectado com as necessidades de todos.