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AUMENTO DO ICMS SOBRE OS COMBUSTÍVEIS GERAM INFLAÇÃO DOS ALIMENTOS EM CADEIA

Aumento do ICMS eleva custos no transporte e pressiona preços dos alimentos

A partir deste sábado (1º), entra em vigor o reajuste do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, e os reflexos no preço final para o consumidor serão inevitáveis. Com um aumento de R$ 0,10 por litro para gasolina e etanol, e R$ 0,06 para diesel e biodiesel, essa medida aprovada pelo Confaz no fim de 2024 já preocupa motoristas, caminhoneiros e consumidores em geral.

Se o frete encarece, tudo encarece. O reajuste do ICMS impacta diretamente o custo do transporte de mercadorias, o que inevitavelmente será repassado aos preços dos produtos nas prateleiras dos supermercados. Alimentos básicos, como arroz, feijão e carne, que dependem do transporte rodoviário, tendem a ficar mais caros.

Embora o aumento do ICMS esteja confirmado, ainda há dúvidas sobre reajustes adicionais por parte da Petrobras. A empresa, que detém grande parte da produção nacional de combustíveis, pode alterar sua política de preços conforme oscilações do mercado internacional e o comportamento do dólar. O consumidor, nesse cenário, fica refém de uma política de preços que pode mudar a qualquer momento.

O começo do ano costuma ter menor demanda por diesel, mas esse cenário muda a partir de março, com o início das colheitas agrícolas. O aumento do ICMS, somado a possíveis reajustes da Petrobras, pode gerar um efeito cascata na produção de alimentos, tornando a safra mais cara e comprometendo a oferta de produtos no mercado interno.

Hoje, cerca de 20% do diesel comercializado no Brasil vem de importação, e isso significa que o preço final também está sujeito às flutuações do mercado externo. Caso o dólar suba, os combustíveis importados encarecem ainda mais, pressionando ainda mais os custos da indústria e do setor agrícola.

O Brasil tem avançado na produção de etanol, combinando cana-de-açúcar e milho para garantir mais flexibilidade no abastecimento. No entanto, o etanol também não está imune a reajustes, pois depende dos custos de produção e da concorrência com a gasolina. Além disso, sua influência sobre o preço final dos combustíveis ainda é limitada, tornando-se apenas um alívio parcial diante do aumento generalizado dos custos.

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