Por Augusto Moreira – Cronista e Auditor Fiscal
Junho violeta foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa com o objetivo de criar uma consciência mundial, social e política da existência da violência contra a pessoa idosa.
O dia 15 de junho é comemorado o Dia Mundial da Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa e representa um dia do ano em que o mundo inteiro manifesta sua oposição aos abusos e sofrimentos infligidos a algumas de nossas gerações mais velhas.
Os idosos devido a sua fragilidade são submetidos a diversos tipos de violência. A mais comum é a negligência, quando os responsáveis pelo idoso deixam de oferecer cuidados básicos, como higiene, saúde, medicamentos, proteção contra frio ou calor.
O abandono vem em seguida. Acontece quando há ausência ou omissão dos familiares ou responsáveis, de prestarem socorro a um idoso que precisa de proteção. Há, ainda, a violência física, quando é usada a força para obrigar os idosos a fazerem o que não desejam, ferindo, provocando dor, incapacidade ou até a morte.
E a psicológica ou emocional que é a mais sutil das violências. Inclui comportamentos que prejudicam a autoestima ou o bem-estar do idoso, entre eles, xingamentos, sustos, constrangimento ou impedimento de que vejam amigos e familiares.
Por último, existe a violência financeira ou patrimonial, que é a exploração imprópria ou ilegal dos idosos ou o uso não consentido de seus recursos financeiros e patrimoniais. Justamente na fase que que a pessoa deveria ter tranquilidade depois de anos de trabalho, para muitos tem sido de pesadelos econômicos.
Dói constatar que esta forma de violência, juntamente com o assédio financeiro – que é o oportunismo, a chantagem emocional ou informação privilegiada para tirar proveito financeiro de outra pessoa, seja uma das formas mais frequentes de atentar contra a pessoa idosa e na maioria das vezes causadas por familiares. Pesquisas apontam que 70% dos abusos financeiros contra idosos envolve os parentes mais próximos como: os filhos, netos e sobrinhos, etc.
Quando analisamos pesquisas sobre consignados do INSS a maioria foi contratada pelo idoso para socorrer um familiar. Uma vergonha!
