O jornalismo brasileiro perdeu uma de suas maiores vozes com a morte de Sebastião Nery, um dos cronistas e analistas políticos mais influentes do país. Após quatro meses com a saúde debilitada, ele faleceu de causas naturais. A cerimônia de cremação será realizada nesta terça-feira, dia 24, das 8h às 10h, no Cerimonial do Carmo, no bairro do Caju, Rio de Janeiro.
Sebastião Nery teve uma vida marcada pela política e pelo jornalismo. Em 1963, ele foi eleito deputado estadual pela Bahia. No entanto, sua carreira política sofreu um duro golpe em 1964, quando foi cassado (destituído de seu cargo) pela Ditadura Militar, período em que ele também foi preso e teve seus direitos políticos suspensos.
Durante o período em que esteve afastado da política, Nery encontrou no jornalismo sua segunda casa. Ele trabalhou em veículos renomados como TV Globo, Folha de S.Paulo e TV Bandeirantes. Com a chegada da anistia em 1979, que restaurou os direitos políticos de quem havia sido perseguido pela ditadura, Nery retomou suas atividades políticas.
Aliança com Leonel Brizola
Com o fim da ditadura, Nery se uniu a Leonel Brizola na fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT). Em 1983, ele foi eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro, consolidando sua trajetória como uma voz ativa na política brasileira.
Sebastião Nery deixa um legado que transcende o jornalismo e a política. Sua habilidade de narrar os eventos políticos com precisão e olhar crítico garantiram seu lugar na história do país.