Para o ex-parlamentar, manter crianças por mais tempo na escola é um investimento em segurança e futuro.
O ex-deputado federal Severiano Alves (PDT) acaba de lançar, sua mais nova obra: Escola em Tempo Integral. Um livro, que é um grito por justiça social. Severiano não fala da boca para fora. Ele é o autor da lei que criou o Piso Salarial Nacional dos Professores da Educação Básica.
Um dos pontos mais fortes do livro e das falas recentes de Severiano é sua denúncia corajosa sobre a negligência com a infância. Ele chama atenção para a baixa cobertura da educação em tempo integral na Bahia: “Não alcançamos nem 2% da rede pública”. Para ele, deixar crianças soltas, sem escola em tempo integral, é deixar portas abertas para o crime e a marginalização.
Escola em tempo integral como abrigo, futuro e reparação social
Severiano vê a escola em tempo integral como uma ferramenta de transformação verdadeira. “É um meio de suprir a lacuna deixada pela ausência dos pais que precisam trabalhar o dia todo”, afirma. Para ele, a escola deve ser espaço de convivência, cultura, alimentação, afeto e projeto de vida.
Eleito deputado federal em 1994, e novamente em 2002, Severiano Alves teve uma atuação marcante. Presidiu a Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Câmara dos Deputados, liderou o PDT na Casa e foi peça-chave em debates decisivos para o futuro da educação brasileira. Ele entende as complexidades do sistema educacional e propõe caminhos que envolvem articulação política, planejamento pedagógico e, acima de tudo, vontade política.
O livro como ato político
Escola em Tempo Integral é um balanço de sua trajetória e uma coletânea de ideias. “Ou investimos na infância ou vamos continuar colhendo tragédias”. O livro é carregado de histórias reais, de argumentos técnicos acessíveis e de uma escrita direta e afetuosa.
Severiano Alves um político com passado. É um pensador com presente e futuro. Seu novo livro é um presente necessário para o Brasil, um país que, se quiser mudar de verdade, precisa começar pelas suas crianças. E começar já.
Por A. Almeida – jornalista, Economista e autor de três livros