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A Bahia Perde Haroldo Abrantes, Doutor em Fotojornalismo

Em um mundo onde a comunicação visual nunca foi tão valorizada, a perda de Haroldo Abrantes, um ícone do fotojornalismo brasileiro, deixa um vazio inestimável na Bahia
foto- rede social (Aurelino Almeida, jornalista do Bahia Fatos News e ex-aluno de Haroldo, relembra seu professor como uma pessoa sensível, com um acervo maravilhoso de trabalhos inéditos em fotojornalismo)

Em um mundo onde a comunicação visual nunca foi tão valorizada, a perda de Haroldo Abrantes, um ícone do fotojornalismo brasileiro, deixa um vazio inestimável na Bahia e no coração de todos que tiveram o prazer de conhecer seu trabalho e seu ser. Haroldo não era apenas um fotógrafo; ele era um contador de histórias, um educador apaixonado e um ser humano extraordinariamente sensível.

Vencedor do IX Prêmio Pierre Verger em 2018, na categoria ensaio fotográfico, promovido pela Associação Brasileira de Antropologia, Haroldo dedicou sua vida à arte de ver e entender o mundo através das lentes de sua câmera. Com uma carreira que atravessou décadas, seus anos no jornal CORREIO, entre a década de 90 e início dos 2000, foram apenas um capítulo em sua jornada impressionante.

Mas Haroldo era mais do que seus prêmios e reconhecimentos. Nos últimos anos, ele voltou-se para a academia, compartilhando sua paixão e conhecimento com a próxima geração de jornalistas e fotógrafos. Como professor na Faculdade 2 de Julho e no Centro Universitário Regional do Brasil (Unirb), ele moldou mentes e corações, enfatizando que a comunicação vai além das palavras.

O Fotógrafo que Ensinou a Ver

Especializado em fotojornalismo e com um doutorado em Antropologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Haroldo tinha uma habilidade única para capturar a essência da vida cotidiana. Seu trabalho não era apenas sobre capturar momentos, mas sobre contar as histórias não ditas, as emoções ocultas, e trazer à luz as verdades muitas vezes esquecidas pela sociedade.

Sua passagem pela Universidade Católica do Salvador (UCSal) como coordenador da Escola de Comunicação e Negócios foi um testemunho de seu compromisso em nutrir e desenvolver o potencial de seus alunos, preparando-os não apenas como profissionais, mas como seres humanos conscientes e sensíveis às realidades ao seu redor.

Jaciara Santos, diretora de comunicação da Associação Baiana de Imprensa (ABI), descreveu Haroldo como “a pessoa mais afável, doce e generosa” que ela conheceu. Seu legado, entretanto, transcende suas conquistas profissionais. Ele deixou uma marca indelével nas vidas daqueles que tiveram a sorte de cruzar seu caminho, ensinando-nos a ver o mundo não apenas com nossos olhos, mas com nossos corações.

Aurelino Almeida, jornalista do Bahia Fatos News e ex-aluno de Haroldo, relembra seu professor como uma pessoa sensível, com um acervo maravilhoso de trabalhos inéditos em fotojornalismo. Haroldo foi mais do que um mentor; ele foi uma inspiração, um exemplo de como a fotografia pode ser uma forma poderosa de comunicação e expressão.

Uma Despedida, Mas Não um Adeus

A partida de Haroldo Abrantes é uma perda imensurável para a Bahia e para o mundo do fotojornalismo. Sua obra e seu espírito continuam vivos naqueles que ele ensinou, influenciou e inspirou. Haroldo nos mostrou que a verdadeira comunicação vai além das palavras; ela reside na capacidade de sentir, de se conectar em um nível mais profundo, de ver a beleza e a humanidade em cada momento.

Sua partida nos lembra da brevidade da vida, mas também da importância de viver de forma significativa, de deixar uma marca positiva no mundo e nas vidas das pessoas. Haroldo Abrantes não será esquecido. Seu legado continua a inspirar, ensinar e tocar corações, uma imagem de cada vez.

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