Por Augusto Moreira – Auditor Fiscal e Mestre em finanças públicas
As chuvas que caem no Rio Grande do Sul desde abril de 2024, evidenciam diversas questões que devemos levar em conta quando se trata da gestão de riscos, que são:
- Eventos inesperados acontecem. Uns com mais impactos, outros com menos impactos, mas acontecem;
- Aprender a perceber o risco é fundamental para que a prevenção aconteça, já que sem esta postura nos colocamos em perigo;
- Gerenciar o risco não é só trabalhar para evita-lo, este seria o ideal, mas nem sempre possível. Gerenciar o risco é também buscar minorar os impactos negativos destes eventos; e por fim
- Prevenir é melhor do que remediar.
Em se tratando de Finanças Pessoais, a gestão de riscos financeiros visa prevenir não só danos ao patrimônio. Mas também danos ao psicológico e emocional das pessoas e das famílias. Por sinal, em muitos casos, o impacto psicológico e emocional é bem maior que o patrimonial.
A finalidade de uma boa gestão de riscos é se preparar para lidar com as situações inesperadas, como no caso dos alagamentos e inundações que a mais de mês ocorrem no Rio grande do Sul ou as previstas e esperadas, mas que não sabemos determinar o momento exato que ela vai ocorrer, como no caso de morte.
Existem alguns instrumentos que são essenciais na gestão de riscos financeiros:
- A diversificação tanto das fontes de renda, que visam garantir um fluxo financeiro mais estável, como dos investimentos, que visam garantir uma rentabilidade mínima do patrimônio acumulado,
- A reserva de emergência ou estratégica, que permite ter rapidamente dinheiro para cobrir gastos inesperados, e
- Os diversos tipos de seguros que ajudam a repor no todo ou em parte o patrimônio atingido pelo prejuízo sofrido.
Fazer ou não a gestão de riscos financeiros para lidar com os imprevistos é uma decisão pessoal. Mas prevenir, embora demande tempo e dinheiro é mais barato, do que remediar.
O problema, na maioria dos casos é que a maioria das pessoas (que não tem assessoria de um profissional especialista certificado) não tem a exata noção do impacto dos riscos a que estão sujeitas e quando estes eventos ocorrem, já é tarde para ações preventivas, só restando absorver o prejuízo financeiro, patrimonial, psicológico e emocional. Como diz o ditado: “ Não adianta chorar sobre o leite derramado. ”