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Aumento do IOF em 2025 Pega Trabalhador e Classe Média de Surpresa

O dia 22 de maio de 2025 começou com o anúncio do aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) a medida pegou muita gente de surpresa. E quando digo surpresa, não estou falando de algo leve. Foi aquele tipo de notícia que deixa o planejamento financeiro da classe média trabalhadora desmoronando.

A promessa era reforçar os cofres públicos com R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026. Mas o custo financeiro ficou todo no colo de quem já vive equilibrando as contas com muito suor, o trabalhador assalariado e a classe média, que agora encaram mais um imposto nas costas.

A verdade é uma só: quem vive do próprio esforço está cansado de ser sempre o primeiro a pagar a conta. Enquanto grandes fortunas e lucros bilionários seguem escapando por brechas legais, é o trabalhador, a pequena empresa e a família de classe média que vê seu esforço ser drenado a cada novo decreto.

 Crédito empresarial sufocado: pequenas empresas pagam a conta

O aumento do IOF não poupou nem quem gera emprego. O crédito para empresas, que já estava caro, ficou proibitivo. A nova alíquota passou de 1,88% para 3,95% ao ano, mais do que o dobro. Para os empreendedores do Simples Nacional, que formam a espinha dorsal da economia brasileira, o impacto é brutal: a alíquota saltou de 0,88% para mais de 2%.

Falar em incentivo ao micro e pequeno empresário virou retórica vazia diante de medidas como essa. Na prática, o que se vê é um governo que promete com uma mão e toma com as duas.

Mesmo quem tenta planejar o futuro foi surpreendido. A partir de agora, aportes mensais acima de R$ 50 mil em VGBL passam a ser tributados com uma alíquota de 5%. Esse tipo de previdência é uma das formas mais comuns de complementar a aposentadoria no Brasil, especialmente entre profissionais liberais e trabalhadores da classe média baixa.

A pressão foi tanta que, no mesmo dia, o governo voltou atrás em parte das medidas. Ficou decidido que não haverá aumento do IOF para aplicações de fundos nacionais no exterior (alíquota segue em zero) e remessas de pessoas físicas para investimentos internacionais continuarão com IOF de 1,1%.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o recuo visava evitar “mensagens equivocadas ao mercado”. Mas a verdade é que o estrago já estava feito. A instabilidade e a falta de previsibilidade passaram uma ideia que as decisões estão sendo tomadas sem o devido diálogo técnico com os setores afetados.

Com o recuo parcial, o governo espera perder cerca de R$ 2 bilhões da projeção inicial de arrecadação para 2025. Em 2026, essa redução será de R$ 4 bilhões. Ainda assim, a mensagem enviada ao mercado, ao cidadão e ao pequeno empreendedor foi de insegurança, improviso e falta de empatia com quem sustenta o país.

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