
Nessa sexta-feira! Dia em que OSWALDINHO, o apresentador que não leva desaforo para casa, encerrou seu programa de entrevista com uma revelação bombástica. Com o olhar firme na câmera e uma voz que reverberava pelas ondas do rádio, ele teceu um retrato nada lisonjeiro do presidente da Câmara de Camaçari, Flávio Matos, que também se lança como pré-candidato a prefeito: um homem visto como homofóbico, adepto do bolsonarismo, com inclinações ditatoriais.
O palco do debate ganhou luz com a presença de BIRA CORÔA, figura conhecida pelos trilhos da política, ex-deputado estadual com votos espalhados por mais de 300 municípios baianos. Com a sagacidade de quem já navegou por diversas marés políticas, BIRA, outrora vereador e presidente da câmara municipal de Camaçari, não poupou críticas à gestão de Elinaldo. Acusou a administração atual de abandonar a cidade, de enriquecer entidades privadas às custas do povo e de tramar um futuro sombrio, onde a fome se tornaria uma sombra constante sobre a população.
A câmara de vereadores, palco de tantos embates, foi também acusada de ser cúmplice na aprovação do PDDU, ato descrito como um crime contra a própria cidade. As ruas escuras, a mobilidade urbana esquecida e o comércio falindo pintaram o retrato de uma Camaçari que, longe de ser um esteio para a Região Metropolitana e a Capital, parece caminhar para um crepúsculo sem oportunidades.
Com um suspiro que carregava o peso de mil palavras, BIRA lamentou não ter retornado à Assembleia Legislativa, uma batalha perdida que atribuiu à federalização que prejudicou o Partido dos Trabalhadores. E em um último aceno de resistência, lançou-se como pré-candidato a vereador para as eleições de 2024, prometendo ser a voz do povo em meio ao silêncio ensurdecedor dos corredores do poder.
E assim, com a cidade em eco, o Programa de OSWALDINHO se despediu, deixando no ar uma pergunta que pairava como uma névoa: o que será de Camaçari? A resposta, está nas mãos do vento. Que ele traga tempos melhores, esperança e renovação.

