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Camaçari: Ainda Sobre a Análise das Pesquisas para as Eleições Municipais

A cidade, a mais rica da Bahia, conta com mais de duzentos mil eleitores e está dividida entre esses dois grupos políticos principais.

por A. Almeida

Faltando cerca de oitenta dias para os eleitores de Camaçari decidirem o próximo prefeito e vereadores do município, a disputa para a prefeitura está acirrada. Dois campos ideológicos se enfrentam: de um lado, o PT, liderado pelo Presidente Lula e o Governador Jerônimo, e do outro, o União Brasil, com apoio do ex-presidente Bolsonaro e ACM Neto. A cidade, a mais rica da Bahia, conta com mais de duzentos mil eleitores e está dividida entre esses dois grupos políticos principais.

Principais Candidatos

Luiz Caetano (PT)

foto- A. Almeida

Luiz Caetano, do Partido dos Trabalhadores, é um político experiente que já foi vereador, deputado estadual, deputado federal e três vezes prefeito de Camaçari. Sua carreira política ganhou notoriedade devido às denúncias de corrupção contra o ex-prefeito Humberto Ellery. Aliado ao presidente Lula e ao governador Jerônimo, que possuem boa avaliação em Camaçari, Caetano tenta capitalizar essa imagem positiva para obter votos.

Flávio Matos (União Brasil)

foto-redes sociais

Flávio Matos, ex-presidente da Câmara de Vereadores, é o candidato do União Brasil, partido do seu apoiador o prefeito Elinaldo. Flávio conta com o apoio de grupos evangélicos e partidos alinhados à direita, além do apadrinhamento político de Elinaldo. Sua campanha está focada em continuar os projetos e políticas iniciadas pelo atual prefeito.

Oswaldinho Marcolino

foto – Divulgação

Oswaldinho Marcolino, que apareceu em terceiro lugar nas pesquisas divulgadas esse ano, é um dos fundadores do MDB em Camaçari e já ocupou diversos cargos na administração municipal. Mesmo sem apadrinhamento político, Oswaldinho aposta em seu histórico de não ter participado como gestor municipal e em apresentar projetos promissores que outros candidatos não conseguiram realizar.

Intenção de Voto

As pesquisas feitas pelo Jornal A Tarde, no mês de março desse ano indicaram que os eleitores de Camaçari estavam decididos quanto às suas intenções de voto. O percentual de indecisos era muito baixo, o que é incomum para esta fase da campanha. Normalmente, àquela altura, o percentual de eleitores que não sabiam ou não opinariam seria mais alto, sobre o primeiro e segundo colocados e com o terceiro colocado um pouco mais afastado dos líderes.

Rejeição dos Candidatos

Um dado interessante das pesquisas é o índice de rejeição dos candidatos. Flávio Matos, por exemplo, tem a rejeição herdada do atual prefeito, o que deve impactar negativamente suas chances de vitória. Esse índice elevado de rejeição é um desafio significativo que sua campanha precisa enfrentar.

Divisão Ideológica

A divisão ideológica entre PT e União Brasil reflete o cenário nacional, onde a polarização política ainda é evidente. O PT, com sua base de esquerda, e o União Brasil, representando a direita, dividem os eleitores de Camaçari. Essa divisão é um microcosmo da política brasileira atual, marcada por intensos debates e atritos entre aliados.

Impacto dos Apoios Políticos

Os apoios políticos também desempenham um papel importante nesta eleição. Caetano se beneficia da associação com Lula e Jerônimo, enquanto Flávio Matos tem o respaldo de Elinaldo e de grupos evangélicos. Esses apoios devem influenciar os eleitores, seja positivamente, consolidando votos, ou negativamente, aumentando a rejeição.

As eleições municipais de Camaçari prometem ser uma disputa acirrada e emocionante. Com o município dividido entre dois campos ideológicos fortes e candidatos com históricos distintos. O resultado dependerá das campanhas dos candidatos e das decisões dos eleitores nos próximos dias.

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