Falta de Controle sobre Colaboradores Indicados por Terceiros
Elinaldo perdeu a eleição não por falta de aviso, mas por ignorar os alertas contínuos do programa “Contato Direto”. Diariamente, os comentaristas apontavam os problemas da cidade e as necessidades urgentes dos moradores. Ele não agiu, preferindo confiar em colaboradores que não eram de sua escolha direta, mas indicações de terceiros com interesses próprios. Entre eles, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, que empurrou “técnicos” nas secretarias que se provou um verdadeiro desastre — uma dor de cabeça constante para a administração de Elinaldo.
Além dos problemas com indicações externas, a gestão de Elinaldo incluiu bolsonaristas convictos que, mesmo ocupando cargos importantes, mostraram-se incapazes de agir estrategicamente. O prefeito, com a caneta na mão, não soube se impor. Faltou-lhe coragem para “dar a canetada” necessária, tomar decisões firmes e, assim, garantir uma administração eficiente e que atendesse às demandas da população.
Durante seu governo, os serviços executados deixaram muito a desejar. Obras importantes para o desenvolvimento do município foram abandonadas, desenvolvimento urbano equivocado, gerando frustração nos moradores e contribuindo para o desgaste de sua imagem. Postos de saúde permaneceram fechados, refletindo a falta de compromisso com a área mais essencial — a saúde pública. Esses problemas, que estavam à vista de todos, não foram tratados com a devida atenção.
Os servidores públicos estavam claramente insatisfeitos, sem reconhecimento ou valorização adequados. Isso afetou diretamente o funcionamento da administração municipal. A educação, por sua vez, se encontrava em um verdadeiro caos. A falta de estrutura, de investimentos e de vontade política resultou em uma rede escolar desorganizada, deixando crianças e jovens sem o suporte educacional necessário. Aí estava a Raiz de uma parte significativa da rejeição que enfrentou nas urnas.
Ao se ver em uma situação política complicada, Elinaldo tentou, nos últimos momentos, atender ao pleito dos eleitores, buscando conquistar votos com promessas de última hora. No entanto, esse tipo de estratégia não conseguiu reverter a insatisfação já consolidada. Os moradores estavam cansados de discursos vazios e cobravam ações que nunca vieram, o que fez com que a derrota fosse inevitável.