Um prejuízo que assusta: quase R$ 5 bilhões sumiram em 2024
As fraudes no Pix atingiram níveis alarmantes em 2024, com prejuízos de R$ 4,9 bilhões, um crescimento de 70% em relação a 2023. O número reflete solicitações de devolução negadas por falta de saldo ou encerramento das contas envolvidas. Mais de 3,4 milhões de pedidos de reembolso foram recusados, evidenciando a fragilidade do sistema diante de golpes cada vez mais sofisticados.
Entre os métodos mais preocupantes estão as contas-laranja, alugadas por criminosos para movimentar valores fraudulentos e dificultar o rastreamento. Segundo os bancos, muitas dessas contas são cedidas conscientemente pelos titulares em troca de dinheiro — criando um mercado paralelo que sustenta as fraudes. Em 38% dos casos, a conta usada no golpe estava no nome do próprio fraudador.
As notificações de fraudes também explodiram: a média mensal ultrapassou 390 mil casos em 2024, com mais de 324 mil apenas em janeiro. Enquanto isso, o Banco Central trabalha em um novo mecanismo de devolução (MED 2.0), previsto para 2026 — considerado tardio diante da gravidade da situação atual.
O problema não é técnico: é social, legal e cultural. O crescimento das fraudes compromete a segurança do sistema financeiro e a confiança do brasileiro na ferramenta mais popular de pagamentos digitais do país.