Por A. Almeida
Na Bolívia, o ex-comandante do Exército, general Juan José Zúñiga, protagonizou um episódio que abalou a estabilidade do país. Em uma tentativa desesperada de tomar o poder, Zúñiga liderou um movimento militar para derrubar o presidente Luis Arce. Este evento dramático envolveu a ocupação do palácio do governo e a ordem de destituição do presidente. No entanto, o golpe foi frustrado e Zúñiga acabou sendo preso. As cenas de tanques invadindo o palácio e bombas de gás lacrimogêneo lançadas sobre a população chocaram o mundo, criando uma sensação de caos e incerteza.
A Prisão de Juan José Zúñiga
O general Zúñiga foi detido próximo a um quartel militar, sendo rapidamente conduzido a um veículo policial. Em declarações dadas ao ser preso, ele alegou que suas ações foram realizadas sob as ordens do presidente Arce, sugerindo um suposto autogolpe. Essa alegação, no entanto, carece de evidências concretas, o que gera ainda mais dúvidas e especulações sobre a veracidade de suas palavras.
Durante a prisão, Zúñiga afirmou que o presidente Arce havia solicitado uma ação extrema para aumentar sua popularidade, que estava em baixa devido à situação crítica do país. Segundo o general, ele teria perguntado a Arce se deveriam colocar os blindados nas ruas, e o presidente teria respondido afirmativamente. Essa alegação de um “teatro” entre Arce e Zúñiga coloca uma sombra de suspeita sobre as motivações por trás do golpe e as verdadeiras intenções dos envolvidos.
Reação do Governo e das Forças Armadas
Em resposta imediata à tentativa de golpe, o presidente Arce ordenou a retirada de Zúñiga e a demissão dos chefes das Forças Armadas. Novos comandantes foram nomeados, e as tropas receberam ordens para esvaziar a praça em frente ao palácio presidencial, restaurando a ordem e a segurança. A rápida ação do governo foi para evitar um colapso total da ordem pública e para reafirmar a autoridade do presidente.
Zúñiga e os demais envolvidos na tentativa de golpe enfrentam agora investigações por terrorismo e ataques armados contra a segurança e soberania do Estado. Este episódio lança uma luz sobre as tensões políticas na Bolívia e a fragilidade da democracia no país. As investigações deverão esclarecer os reais motivos por trás da ação de Zúñiga e se houve ou não envolvimento direto do presidente Arce na tentativa de golpe.
A população boliviana, que saiu às ruas em defesa da democracia, viveu momentos de extrema tensão e medo. A visão de tanques e a utilização de bombas de gás lacrimogêneo criaram uma atmosfera de guerra, algo incomum para os cidadãos comuns. Esse evento traumático deixará marcas profundas e reforça a necessidade de vigilância constante para proteger a democracia e a paz no país.