O PT entre a saúde de Lula e a sucessão presidencial
A saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva trouxe inquietação aos bastidores políticos. Após a drenagem de um hematoma intracraniano, Lula apresentou boa recuperação, com funções neurológicas preservadas. Apesar disso, o futuro político do Partido dos Trabalhadores (PT), que completará 45 anos em 2026, já era tema de discussão antes do incidente. A pergunta que se faz é: Lula será candidato ao quarto mandato?
Mesmo com 81 anos em 2026, uma ala do PT aposta que Lula concorrerá, motivado por seu papel central no projeto de poder do partido. Outros membros, porém, veem sua candidatura como incerta, dependendo tanto de sua saúde quanto do desempenho do governo. Em conversas, Lula deixa sinais ambíguos, o que aumenta o clima de expectativa.
O “plano B”
Caso Lula decida não disputar, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desponta como principal alternativa. Ele é visto como herdeiro natural da liderança, mas enfrenta resistência interna no PT e críticas à condução econômica. A aceitação de Haddad como candidato ainda é tema delicado dentro do partido.
Após a cirurgia emergencial, os médicos confirmaram que Lula está se recuperando bem, sem sequelas ou lesões cerebrais. Apesar disso, ele está proibido de receber visitas de trabalho até sua recuperação total. O retorno a Brasília está previsto para a próxima semana.
Enquanto Lula se recupera, a aguardada reforma ministerial foi adiada. As negociações para redistribuir espaços no governo devem ocorrer somente após as eleições para as presidências da Câmara e do Senado, em fevereiro de 2025.
Lula continua sendo uma figura central no PT e na política nacional, mas sua recuperação levantou questões urgentes sobre o futuro do partido. O próximo passo depende tanto de sua saúde quanto do cenário político de 2026. A indefinição sobre seu papel nas próximas eleições alimenta debates internos e exige que o PT mantenha suas opções abertas, sem perder o foco em sua trajetória histórica.