Marcio Pereira, do MDB, recentemente levantou uma questão importante para os moradores de Camaçari: o desemprego crescente e a falta de oferta de cursos de capacitação por parte dos entes públicos. Pereira destacou que muitos empreendedores do município se viram forçados a entrar no mercado informal devido à falta de alternativas. A falta de empregos formais e a necessidade de sobreviver impulsionaram muitos a se tornarem autônomos sem qualquer tipo de proteção social.
Dados do IBRE/FGV: A Realidade dos Autônomos X Desemprego
Pereira citou um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV), que revelou um cenário preocupante: mais da metade dos autônomos que abriram firma (54,6%) prefeririam ter vínculo trabalhista a serem prestadores de serviços. Entre os informais, esse número é ainda maior, com 72,1% desejando ter carteira assinada. Esses dados mostram que ser microempreendedor no Brasil é muitas vezes uma questão de necessidade, não de escolha.
A Necessidade de Cursos de Capacitação
Diante desse cenário, Marcio Pereira defende a criação de cursos técnicos e microcursos regulares tanto para mulheres quanto para homens, permitindo que essas pessoas acompanhem a evolução tecnológica e aumentem suas chances no mercado de trabalho. Ele acredita que a prefeitura e os políticos têm a obrigação de elevar a empregabilidade do povo de Camaçari, garantindo também a proteção trabalhista.
Proposta de Marcio Pereira: Educação e Empregabilidade
A proposta de Marcio Pereira é clara: oferecer mais oportunidades de capacitação para os moradores de Camaçari. Ele sugere que a prefeitura invista em cursos que vão desde as habilidades técnicas até as tecnológicas, preparando os trabalhadores para um mercado de trabalho em constante evolução. Além disso, Pereira enfatiza a importância de garantir direitos trabalhistas para todos, proporcionando uma vida mais digna e segura para os trabalhadores.
O levantamento do IBRE/FGV também destacou que, na média, sete em cada dez autônomos, sejam formais ou informais, gostariam de migrar para a formalidade com carteira de trabalho para manter direitos trabalhistas e a previsibilidade de um salário mensal fixo. Esse desejo reflete a insegurança enfrentada por muitos trabalhadores informais, que não têm acesso a benefícios como previdência e seguro-desemprego
Marcio Pereira acredita que investir em educação e capacitação é a chave para mudar essa realidade. Ele propõe que a prefeitura de Camaçari desenvolva programas regulares de capacitação, focados nas demandas do mercado local e nas tendências tecnológicas. Dessa forma, os trabalhadores terão mais oportunidades de se inserir no mercado formal, garantindo melhores condições de vida para suas famílias.