Elinaldo e ACM Neto: a aliança que escancara o projeto autoritário do centrão
A aproximação entre o ex- prefeito de Camaçari, Elinaldo Araújo, e ACM Neto não é um movimento político qualquer. É a ponta visível de um projeto muito maior — e mais sombrio. Juntos, eles estão se somando à federação que tem como objetivo desfigurar por completo a democracia brasileira. Um bloco pesado, formado por Progressistas, União Brasil e aliados de carteirinha dos tempos da ditadura, que hoje reúnem 109 deputados federais, 14 senadores, mais de mil prefeitos e R$ 1,4 bilhão entre fundo eleitoral e partidário. É muito poder concentrado na mão de quem não tem compromisso com o povo.
Por trás de discursos polidos e promessas, o que se desenha é um ataque direto aos direitos da população. A proposta de congelar o salário-mínimo por seis anos, por exemplo, é uma sentença de morte para milhões de brasileiros que já vivem no limite. E não para por aí: querem cortar verbas da Saúde e da Educação, setores que já enfrentam colapsos diários. Querem demitir em massa no serviço público e na iniciativa privada. É um projeto frio, calculado, que prioriza lucros de grandes corporações enquanto transforma o povo em estatística de pobreza.
A Petrobrás, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal… todas essas empresas que geram emprego, distribuem renda e fazem o Brasil girar estão no alvo do centrão. Querem vendê-las a preço de banana, como se fossem fardos inúteis, quando na verdade são motores da soberania nacional. Entregar essas empresas é rasgar a história e condenar as próximas gerações à dependência total do capital estrangeiro.
A falsa promessa de estabilidade que esconde o caos social
Eles dizem que é preciso “colocar ordem” no país, “reduzir gastos”, “enxugar o Estado”. Mas o que isso significa na prática? Gente, perdendo emprego, hospitais sem médicos, escolas sem professor, crianças sem merenda. Não é ordem. É desmonte. É um ataque cruel contra quem já vive esmagado por um sistema desigual. Tudo feito em nome de um equilíbrio fiscal que só serve ao bolso dos grandes empresários e investidores de paletó.
É triste ver políticos como Elinaldo que apoia. Se junta. Endossa. Prefere estar ao lado de quem destroi. Elinaldo, hoje, é uma peça no jogo do centrão. Um jogo sujo, jogado com cartas marcadas contra a população.
Não precisamos de tanques nas ruas para saber que a democracia está em risco. O golpe de agora é sofisticado, institucional, camuflado de legalidade. É feito através de votações sorrateiras, de reformas travestidas de modernização, de cortes chamados de “necessários”. Mas no fundo, é golpe. Golpe contra a dignidade, contra a soberania, contra o Brasil do povo.