A volta do horário de verão em 2024 tem gerado muitas discussões e expectativas entre a população. A informação foi confirmada nessa quarta-feira (11) pelo Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e reacendeu o debate sobre os impactos dessa medida, tanto na economia quanto na rotina dos brasileiros.
O principal argumento para a retomada do horário de verão está relacionado à economia de energia, especialmente num momento em que o Brasil enfrenta uma forte estiagem em diversas regiões. Segundo o ministro, a adoção do horário de verão deveria ajudar a aliviar a pressão sobre o sistema energético do país. Em momentos de crise hídrica, quando os reservatórios estão baixos e a produção de energia pelas hidrelétricas fica comprometida, toda solução que ajude a reduzir o consumo é válida. Silveira destacou que a modicidade tarifária, ou seja, manter as tarifas de energia acessíveis, é um dos grandes objetivos do governo, e a implementação do horário de verão pode ser um caminho para isso.
Mas não é só a questão energética que está em jogo. Alexandre Silveira também pontuou que o horário de verão pode impulsionar setores importantes da economia, como o turismo, bares, restaurantes e outros segmentos que se beneficiam das tardes mais longas. A possibilidade de ter uma hora a mais de luz natural no final do dia pode significar mais pessoas nas ruas, mais movimento nos comércios, e, consequentemente, mais dinheiro circulando. Essa perspectiva de retomada tem deixado muitos empresários otimistas, especialmente aqueles que já sentiram os efeitos positivos dessa mudança em anos anteriores.
Por Que o Horário de Verão Foi Extinto?
O Brasil aboliu o horário de verão em 2019, após estudos apontarem que a economia de energia já não era tão significativa quanto em décadas anteriores. Isso se deve, em parte, às mudanças no padrão de consumo de eletricidade. Com o aumento do uso de aparelhos de ar-condicionado e a popularização das lâmpadas de LED, a diferença no consumo durante o período do horário de verão diminuiu. Entretanto, a crise energética atual e a necessidade de economizar em tempos de estiagem colocam essa questão novamente na mesa.
A ideia de adiantar os relógios em uma hora não agrada a todos. Para muitas pessoas, a mudança pode afetar a saúde e o bem-estar. Alterar a rotina de sono, por exemplo, pode gerar cansaço, irritabilidade e até impactar a produtividade no trabalho. Mesmo assim, muitos brasileiros já se acostumaram com a ideia de ter mais tempo de luz no final do dia, especialmente nas regiões Sul e Sudeste, onde os dias são mais curtos durante o inverno.
O Governo Ainda Está Avaliando
Apesar das especulações, o ministro Alexandre Silveira foi claro ao afirmar que a volta do horário de verão ainda está sendo avaliada. Não há uma decisão definitiva, e o governo está considerando todos os aspectos econômicos e sociais antes de tomar qualquer atitude. Segundo ele, a questão não é apenas energética, mas envolve também uma análise mais ampla do impacto na economia como um todo.
Como era de se esperar, a possível retomada do horário de verão gerou opiniões divergentes. Há quem apoie a medida, especialmente aqueles que se lembram dos benefícios econômicos em setores como o turismo e a restauração. Por outro lado, muitos brasileiros criticam a mudança de horário, argumentando que ela afeta negativamente o sono e a qualidade de vida.