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Orçamento 2025: Salário-Mínimo, PIB Crescente e Redução no Minha Casa, Minha Vida

Crescimento do PIB: Expectativas do Governo e do Mercado

O governo Lula, com a apresentação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2025, trouxe uma visão otimista sobre o crescimento econômico do país. Enquanto o mercado financeiro prevê um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,86% para o próximo ano, o governo aposta em uma alta de 2,6%. É interessante observar que, nos últimos anos, o mercado frequentemente subestimou o crescimento, fazendo ajustes ao longo do ano. Isso gera uma expectativa de que, talvez, o otimismo do governo se justifique, criando um cenário econômico mais estruturado do que muitos esperam. Essa diferença de previsões entre o governo e o mercado é uma dinâmica que revela tanto o otimismo quanto o desafio que o governo enfrenta para concretizar suas metas ambiciosas.

Outro ponto de destaque no orçamento é a projeção do novo salário-mínimo, fixado em R$ 1.509, representando um aumento de 6,87%. Para milhões de brasileiros que dependem desse valor para sustentar suas famílias, essa mudança traz alívio em um cenário de alta inflação. No entanto, é preciso considerar o desafio que esse aumento impõe às finanças públicas, especialmente em um contexto em que o governo busca atingir um déficit zero. O impacto desse novo salário será sentido tanto nas contas públicas quanto nas mesas das famílias brasileiras, que lutam diariamente para equilibrar suas finanças.

Bolsa Família: Redução no Orçamento, mas Manutenção do Programa

O programa Bolsa Família, que é uma das principais vitrines do governo, terá uma verba de R$ 167,2 bilhões em 2025, um pouco abaixo dos R$ 169,5 bilhões previstos para 2024. Apesar dessa leve redução, o programa continua sendo uma prioridade, refletindo o compromisso do governo em manter um suporte essencial para as famílias em situação de vulnerabilidade. O corte no orçamento, embora pequeno, pode gerar apreensão sobre o alcance e a eficácia do programa no próximo ano. O governo precisará gerenciar essas expectativas cuidadosamente para garantir que o programa continue atendendo aqueles que mais precisam.

Minha Casa, Minha Vida: Cortes e Desafios para o Futuro

Por outro lado, o programa Minha Casa, Minha Vida verá um orçamento de R$ 10,7 bilhões, uma queda significativa em relação aos R$ 12,2 bilhões previstos para 2024. Este corte pode afetar negativamente a meta de reduzir o déficit habitacional no país, especialmente para as famílias de baixa renda. O desafio agora é encontrar formas de maximizar o impacto do investimento reduzido, garantindo que as moradias construídas sejam de qualidade e que o programa continue atendendo as necessidades dos brasileiros. Esse corte levanta questionamentos sobre a sustentabilidade do programa a longo prazo, em um momento em que o acesso à moradia digna continua sendo uma demanda urgente.

Inflação e Selic: Perspectivas para a Estabilidade Econômica

Em termos de inflação, o governo prevê um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 3,3% em 2025, com a expectativa de atingir a meta de 3% a partir de 2026. Essa projeção é mais otimista do que a do mercado, que estima uma inflação de 3,93% para 2025. Essa diferença reflete a confiança do governo em suas políticas de controle da inflação, apesar dos desafios econômicos. Paralelamente, a taxa Selic, atualmente em 10,5%, deve ter uma média anual de 9,61% em 2025, segundo o governo, com uma redução progressiva nos anos seguintes. Esses números são fundamentais para a estabilidade econômica do país, impactando desde o crédito ao consumidor até os investimentos empresariais. O governo aposta em uma trajetória de queda que poderia aliviar o custo de vida e incentivar o crescimento econômico.

Por A. Almeida-jornalista

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