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O reencontro que deve mudar os rumos do PDT na Bahia
Nesta quarta-feira (30), no Real Classic Bahia Hotel, na Pituba, haverá o encontro de Prefeitos, vice-prefeitos e lideranças do PDT que se reunirão com o governador Jerônimo Rodrigues para discutir o futuro. A atmosfera é de expectativa entre o partido e um projeto de governo com o qual compartilha raízes históricas.
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, decidiu manter sua agenda na Bahia. E Lupi estará presente na cerimônia de oficialização da adesão do partido à base de Jerônimo, marcada para a próxima sexta-feira (2). O PDT está reafirmando um projeto de Brasil que ainda acredita.
Félix Mendonça Jr.: liderança baiana no centro da articulação
O deputado federal Félix Mendonça Jr. é hoje o grande articulador desse movimento dentro do estado. Com sua habilidade de diálogo e profundo conhecimento dos bastidores políticos baianos, Félix vem costurando apoios, reunindo prefeitos e abrindo espaço para que o PDT baiano volte a sonhar mais alto. A reunião desta quarta-feira será, também, um reconhecimento público de seu papel nesse momento histórico.
Os ex-prefeitos de Euclides da Cunha e Araci, Luciano Pinheiro e Silva Neto, são verdadeiros fiadores desse novo caminho. Com sua experiência administrativa e ligação com as bases municipais, eles representam a confiança de que o PDT está preparado para se renovar sem renunciar a suas raízes.
Fundado em 17 de junho de 1979, em meio à abertura política, o PDT nasceu da ousadia de Leonel Brizola e da necessidade de resgatar o espírito trabalhista de Getúlio Vargas e João Goulart. Não foi fácil. A ditadura ainda rondava, a democracia era um sonho frágil e perigoso. Mas o PDT nasceu para isso: para enfrentar a tempestade e plantar esperança no terreno árido do autoritarismo.
A Bahia sempre foi um território desafiador para o PDT. Nos anos 80 e 90, enquanto o partido firmava seus compromissos com a educação pública, os direitos dos trabalhadores e a soberania nacional, enfrentava um ambiente político dominado por forças tradicionais. Mesmo sem conquistar grandes vitórias eleitorais, o PDT baiano nunca se afastou de suas bandeiras. Figuras como Alexandre Brust e Severiano Alves lutaram ao lado dos professores, dos servidores públicos, dos trabalhadores rurais. Deixando sua marca silenciosa, mas firme.
Com a ascensão do PT e a reorganização da esquerda no início dos anos 2000, o PDT precisou se reinventar. Foi um período difícil. Houve momentos em que foi necessário, flertar com alianças, tentando sobreviver num cenário de polarização política crescente. Mas, no meio das dificuldades, o partido nunca abandonou seus ideais. Preferiu recuar, formar novas lideranças, fortalecer bases municipais. O PDT entendeu que para mudar a Bahia, primeiro era preciso mudar por dentro.
2025: um novo PDT para novos tempos
Hoje, o PDT baiano chega a 2025 com um espírito renovado. Olha para trás com orgulho e com a humildade de quem reconhece que precisa fazer mais. As novas lideranças trazem sangue novo e uma nova linguagem. Falam de inovação, de inclusão social, de novas formas de gestão pública. Não renegam a história — pelo contrário. Usam o passado como alicerce para construir algo novo, mais conectado com as necessidades do povo baiano.
Por A. Almeida- Economista, Jornalista e Servidor Público