foto-A. Almeida
Na manhã desta terça-feira, um movimento político decisivo se desenhou nos bastidores do poder baiano. O presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Jr., reuniu prefeitos do partido com o governador Jerônimo Rodrigues (PT) para selar um acordo que promete mudar os rumos da política estadual.
A permanência do PDT na base de Bruno já não fazia sentido para muitos. O partido, que sempre teve uma identidade própria, agora busca reencontrar seu caminho com mais coerência, mais voz e, principalmente, mais protagonismo.
O governador chegou acompanhado de figuras importantes do governo estadual, como o secretário de Relações Institucionais, Adolpho Loyola, e a secretária de Saúde, Roberta Santana. A presença de tantos nomes de peso não deixou dúvidas de que a reunião tinha um significado muito maior do que uma simples costura partidária.
Jerônimo usou uma metáfora simples, mas poderosa: comparou a aliança com o PDT à busca por uma carta importante no baralho, aquela carta que pode mudar o jogo. “Cavamos o 12”, disse o governador, numa referência ao número histórico do PDT. E ao cavar essa carta, o que se encontrou foi um parceiro com história, ideias e disposição para caminhar junto por um projeto de transformação para a Bahia.
Félix Mendonça Jr. Fala sobre o futuro do PDT
Ao falar sobre o novo momento do PDT, Félix Mendonça Jr. Mostrou que essa movimentação tem como objetivo principal melhorar a vida da população nas cidades onde o partido governa. Mas ele não escondeu que também há um olhar estratégico para 2026. O PDT quer crescer, eleger mais deputados estaduais, mais federais e, quem sabe, ampliar sua presença nas prefeituras. “Mas acima de tudo, queremos ajudar a mudar a Bahia”, disse Félix com firmeza, quase emocionado.
Durante o encontro, Jerônimo anunciou uma parceria inédita com os prefeitos dos municípios baianos administrados por prefeitos do PDT. A área escolhida para iniciar essa colaboração foi a educação — e isso não é por acaso. A educação é a chave para qualquer mudança estrutural verdadeira. E o projeto será conduzido por ninguém menos que Severiano Alves, ex-deputado federal e especialista no tema, além de atual secretário-geral do PDT na Bahia.
A saída do PDT enfraquece o campo político de Bruno Reis e ACM Neto, que agora precisam redesenhar sua base e reorganizar seus apoios. A perda de Andrea Mendonça, além de política, é também simbólica: mostra que o grupo de Neto começa a perder oxigênio dentro da própria capital.
Esse novo momento também representa um reencontro do PDT com suas origens. Um partido que nasceu das lutas trabalhistas, Ao caminhar com Jerônimo e com o PT na Bahia, o PDT se reconecta com esse passado de luta social, com a defesa dos direitos dos trabalhadores e com a busca por justiça social