Por A. Almeida-É fundamental que a sociedade se mobilize contra a privatização das praias.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que está sendo discutida no Senado, com o relator Flávio Bolsonaro, tem gerado um debate intenso. A proposta busca transferir os terrenos de marinha, áreas públicas que circundam nossas praias, rios, lagos e lagoas, para ocupantes particulares mediante pagamento, além de conceder gratuitamente essas áreas para estados e municípios. Essa medida, porém, levanta preocupações.
Uma das principais preocupações é o impacto ambiental e urbanístico dessa proposta. Ao possibilitar a privatização das praias, corremos o risco de favorecer uma ocupação desordenada do litoral, comprometendo ecossistemas sensíveis. Muitos desses terrenos estão localizados em áreas de preservação permanente, como restingas, manguezais e falésias, fundamentais para a segurança e o bem-estar humano.
O Alerta das Autoridades Ambientais
Marinez Scherer, coordenadora geral do Gerenciamento Costeiro do Ministério do Meio Ambiente, alerta para os impactos negativos dessa proposta. Segundo ela, essas áreas são cruciais para a preservação da natureza e a proteção das comunidades costeiras. A privatização das praias vai colocar em risco o meio ambiente, e a segurança das populações que dependem desses recursos naturais.
Diante desses riscos iminentes, é fundamental que a sociedade se mobilize contra a privatização das praias. Proteger nossas costas é uma questão de preservação da identidade e do patrimônio nacional. Devemos nos unir para defender nossas praias como espaços públicos acessíveis a todos, garantindo que permaneçam como tesouros naturais para as gerações futuras.