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RISCO POLÍTICO AMEAÇA A ECONOMIA

A situação fiscal é delicada, especialmente com a possível elevação dos gastos públicos e as incertezas sobre os preços das commodities e as altas despesas com juros.

Aurelino Almeida- Economista, Especialista em Direito do Trabalho e Administração Financeira, Jornalista pós-graduado em Comunicação Organizacional e Assessoria de Imprensa

Ano Eleitoral Intenso e Impactos Globais nos municípios

Imagine um mundo onde mais da metade da população global tem uma coisa em comum: eleições. Pois é, 2024 é esse ano. Com eleições programadas em mais de 70 países, incluindo sete dos mais populosos, estamos diante de um cenário que pode realmente sacudir as estruturas econômicas e sociais ao redor do planeta. A Coface, uma gigante no ramo de seguro de crédito e informações comerciais, aponta que esse movimento eleitoral começou já em janeiro, lá em Taiwan, e vai se estender até novembro, com as eleições nos Estados Unidos.

A Onda Populista e Seus Efeitos

Não é só a quantidade de eleições que chama atenção, mas também a natureza delas. De acordo com especialistas da Coface, essas eleições podem ser uma porta aberta para ventos populistas que já começam a soprar mais forte em todos os cinco continentes. Isso não é pouca coisa, viu? Estamos falando de um fenômeno que pode ampliar ainda mais a agitação social e a instabilidade geopolítica que já observamos crescer na última década.

Ruben Nizard, da Coface, trouxe dados que fazem a gente parar para pensar: o índice de risco social e político global subiu para 38,6%. Isso está bem perto do pico que vimos em 2021, logo após a crise da Covid-19. O que isso significa? Que estamos entrando em uma fase onde a vulnerabilidade social e política não são exceção – estão se tornando a norma.

Falando em números, a Coface prevê que o crescimento do PIB mundial cairá para 2,4% em 2024. Isso é menos do que no ano passado e o menor índice desde 2011, se ignorarmos o grande baque de 2020 causado pela pandemia. Esses dados nos mostram como a instabilidade política pode realmente frear a economia global.

O Caso Brasileiro: Preocupações e Expectativas

E o Brasil? Bom, segundo Patricia Krause, economista-chefe da Coface para América Latina, nosso país também vai sentir esse ritmo mais lento. Ela prevê um crescimento de 2,0% para 2024, o que representa uma desaceleração se compararmos com os anos anteriores. A situação fiscal é delicada, especialmente com a possível elevação dos gastos públicos e as incertezas sobre os preços das commodities e as altas despesas com juros.

O Quadro na Argentina

Não posso deixar de mencionar a Argentina, que segundo a mesma economista, enfrentará mais um ano de recessão em 2024. Apesar de alguns resultados positivos nos primeiros meses do governo de Milei, parece que esses números não são sustentáveis a longo prazo. Isso só reforça como a situação política pode afetar diretamente a economia de um país.

O panorama para 2024 é de cautela e muita atenção. As eleições podem ser um momento de renovação e mudança, mas também trazem consigo grandes desafios. Como cidadãos e como parte da economia global, precisamos estar preparados para qualquer cenário. Vamos ficar de olho, participar e, acima de tudo, entender como esses processos podem afetar cada um de nós, em nossa vida diária e no nosso bolso

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