Rui Magno, uma figura carimbada nas esferas políticas da cidade, decidiu virar a mesa e anunciar seu apoio a Caetano, Magno é um nome que, até então, parecia esquecido no canto do campo, como uma peça que ninguém lembrava mais.
A decisão de Magno, que já foi vereador por quatro mandatos e ostentou a presidência da Câmara Municipal nos anos dourados de 1991 e 1992. Ele, que chegou na cidade em 1977 com a simplicidade de quem carrega sonhos na bagagem, encontrou seu caminho no gerenciamento de uma farmácia e, mais tarde, nas fileiras do BANEB. Essa mudança de ares de Magno, abandonando o grupo de Elinaldo, onde suas queixas e lamentações ecoavam como um samba triste, é mais que um mero realinhamento político. É um sinal, um prenúncio de tempos que estão por vir.
Este movimento de Magno revela um pouco mais da imagem que será Camaçari nas próximas eleições. Ele, um estrategista nato, não daria um passo tão ousado sem sentir o aroma da vitória no ar. A aposta em Caetano, deixando de lado as antigas alianças, pode ser interpretada como um barco deixando o porto seguro em busca de novos horizontes.
E o que dizer de Magno, esse homem de raízes firmes na Gleba C, pai e avô, cuja história se entrelaça com a própria história da cidade? Sua trajetória, marcada por altos e baixos, é um reflexo do dinamismo político de Camaçari. Sua saída do grupo de Elinaldo, onde já foi figura de proa, para o abraço político de Caetano, é como uma alma perdida que encontra um purgatório.
No final das contas, a dança das cadeiras promovida por Magno pode ser vista como um termômetro que mede a febre política da cidade. Sua decisão não é apenas sobre mudar de lado. É sobre ler as entrelinhas do futuro, sentir o pulso da cidade, e, talvez, encontrar um novo capítulo em sua já longa história política. Se Caetano vai realmente saborear o doce néctar da vitória, só a urna dirá. Mas uma coisa é certa: Camaçari está assistindo a uma das suas mais intrigantes partidas políticas, com Rui Magno como um dos seus jogadores mais astutos.