Search

SALÁRIO-MÍNIMO SERÁ DE R$ 1.627,00 EM 2026

Por A. Almeida

Valor do salário-mínimo em 2026 já está previsto no PLDO

O governo federal já bateu o martelo: o salário-mínimo projetado para 2026 será de R$ 1.627, segundo dados repassados por técnicos da equipe econômica. Esse número vai constar no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) que será entregue ao Congresso Nacional no próximo dia 15. O aumento representa 7,18% em relação ao piso atual, que é de R$ 1.518. Embora ainda seja uma previsão, esse valor já vem sendo considerado nas contas públicas dos ministérios para o próximo ano.

Mesmo que os bastidores do Planalto sinalizem uma possibilidade de o valor final chegar a R$ 1.630, os órgãos da Esplanada dos Ministérios estão se baseando no patamar de R$ 1.627 para montar seus planejamentos setoriais. Isso porque o governo prefere trabalhar com uma margem de segurança, evitando prometer mais do que pode cumprir — especialmente em um ano de eleição presidencial que tende a ser marcado por forte pressão fiscal e demandas crescentes por investimentos sociais.

A projeção do valor de R$ 1.627 leva em conta a política permanente de valorização do salário-mínimo, que combina a inflação acumulada até novembro do ano anterior com a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Como o PIB de 2024 ainda está sendo consolidado, o valor pode variar levemente até o fim do ano, mas já se sabe que a economia cresceu 3,4% em 2023, o que deve influenciar positivamente o reajuste de 2026.

Ganho real será limitado a 2,5% por regra fiscal aprovada em 2023

Apesar do bom desempenho da economia em 2023, o reajuste real do salário-mínimo em 2026 será limitado a 2,5%. Isso se deve a uma trava colocada em prática pelo Congresso no final do ano passado, como parte do pacote fiscal liderado pelo ministro da Fazenda. A medida faz parte de um esforço mais amplo para equilibrar as contas públicas e evitar pressões inflacionárias, levantando questionamentos sobre o impacto dessa contenção na vida das famílias de baixa renda.

Mesmo com o reajuste, é impossível ignorar uma realidade dura: R$ 1.627 ainda está muito distante do valor necessário para que uma família brasileira viva com dignidade. Segundo cálculos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o salário-mínimo ideal — aquele que cobriria os custos básicos de alimentação, moradia, saúde, educação, transporte, vestuário, higiene e lazer — deveria ser mais de R$ 6 mil. Isso revela um abismo entre o que se ganha e o que se precisa para viver.

.

OUTRAS NOTÍCIAS

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *