Inflação de Alimentos: Um Desafio para 2025
O preço dos alimentos continua sendo um tema delicado para milhões de brasileiros. Em 2025, a previsão de alta nos produtos agropecuários da cesta básica é alarmante. Carne, café e açúcar despontam como os maiores vilões, seguindo o rastro de uma inflação resistente que já marcou o último ano. É desanimador imaginar que, enquanto alguns buscam equilibrar as contas, outros enfrentam a dura realidade de um prato vazio.
É impossível ignorar o impacto das proteínas animais na inflação de alimentos. Com a carne ocupando um espaço significativo na dieta e no orçamento familiar, seu aumento de preço preocupa profundamente. Para muitas famílias, reduzir o consumo não é escolha, mas imposição. A sensação de impotência diante de um mercado que dita as regras é avassaladora.
Café e Açúcar: Luxos que Pesam no Bolso
Se há algo que faz parte da alma brasileira, é o café. Entretanto, a menor produção e a alta do dólar estão transformando essa paixão em um luxo. O açúcar segue pelo mesmo caminho, pesando ainda mais na rotina de quem já luta para pagar as contas. Essa realidade afeta a mesa, o coração, tirando pequenos prazeres do dia a dia.
As hortaliças, frutas e verduras, tão essenciais para uma alimentação saudável, estão mais vulneráveis do que nunca. A seca histórica de 2024 deixou marcas profundas, e a incerteza climática só agrava a situação. Para muitas famílias, a escolha entre qualidade nutricional e custo é uma batalha diária, trazendo frustração e preocupação e fome.
Com o dólar acima de R$6, a pressão inflacionária atinge níveis críticos. Essa escalada impacta diretamente o preço dos alimentos, somando-se à insegurança fiscal gerada por políticas governamentais instáveis. A sensação de que o controle está escapando das mãos é sufocante, especialmente para quem depende de estabilidade para planejar e pagar impostos.
O aumento projetado de 9,1% no IPCA de 2024 e 6,2% em 2025 nos lembra que a inflação é uma realidade que afeta vidas. Cada ida ao mercado traz consigo uma mistura de apreensão e desânimo para a classe dos trabalhadores.
Por A. Almeida – Economista, jornalista e Servidor Público